Evolução Espiritual

Evolução Espiritual, Perdão

O GÓLGOTA E O TABOR

Na história do Cristianismo há dois montes que foram palco de situações excepcionais. Um é o Gólgota, onde Jesus foi crucificado; o outro é o Tabor, onde o Mestre encontrou-se com os espíritos materializados de Moisés e Elias. Mas… Por que só o Gólgota é lembrado pelos cristãos e os acontecimentos do Tabor são quase desconhecidos? O que é mais importante: a morte, rápida passagem de uma dimensão para outra, epílogo de uma existência carnal, ou a vida, com tudo o que representa? Jesus tem sido mostrado como o “mártir da cruz”, aquele ser sofredor, açoitado, torturado e crucificado por causa dos nossos pecados; aquele homem-Deus que sofreu todas as dores para resgatar as nossas culpas. Essa idéia de sacrificar alguém em lugar de outrem reflete a mentalidade vigente na antiguidade, também adotada no Antigo Testamento. Ela é muito cômoda, mas absolutamente injusta, partida do egoísmo e hipocrisia humanos. PERGUNTA Sendo Deus onipotente, o máximo poder do universo, autor das leis universais, não poderia simplesmente perdoar os pecados do ser humano, sem necessidade de sacrificar alguém, muito menos um inocente, como Jesus? O ser humano, devido a sua imaturidade espiritual, tem a tendência de procurar sempre alguma saída para não ter de assumir as próprias responsabilidades e responder por seus erros. Foi o que aconteceu em relação a Jesus. Em vez de vê-lo na qualidade de Mestre, que veio ensinar ao ser humano caminhos mais compatíveis com o seu momento evolutivo, acharam melhor transformá-lo no salvador que, através do seu sofrimento, estaria livrando seus seguidores de todos os pecados, resgatando-os mediante o próprio sacrifício. Mas agora já é tempo de começarmos a pensar com mais coerência, porque no mundo atual não mais se justificam tais enganos. Já é tempo de começarmos a refazer nossos conceitos, tornando-os mais coerentes com a realidade. Assim, podemos perceber o erro daquelas velhas ideias de que Jesus teria descido à Terra para morrer na cruz e com seu sofrimento e sua morte, pagar as culpas humanas. PERGUNTA Se você tivesse vários filhos, sendo que apenas um deles fosse uma pessoa boa e correta, e os demais apresentando todos os vícios e maldades que se possa imaginar. Como seria a sua atuação com relação a eles? Iria condenar à morte o filho bom, para com isso sentir-se quitado em relação aos erros dos filhos maus? Jesus veio à Terra na condição de Messias, em missão sacrificial, para nos ensinar um novo caminho, a nova Lei, a nova Ordem: a do Amor. Ele veio para falar sobre a imortalidade da alma e nos ensinar como agir, que atitudes adotar para a nossa salvação, ou melhor, para nossa evolução. Na verdade, não estamos precisando nos salvar porque não estamos perdidos. Estamos sim, precisando evoluir, progredir moral e espiritualmente. Ele veio como um irmão mais velho, para ensinar os mais novos e apontar-lhes os caminhos certos. As ideias que Ele trouxe eram tão inovadoras e difíceis de serem aceitas, que foi necessária a sua morte naquela condição tão dramática para marcar de forma indelével sua passagem pela Terra e seus ensinamentos, todos eles fundamentados no Amor. Esse enfoque não é muito mais coerente com a idéia de um Deus justo e bom? Basta refletir um pouco para concluir que sendo Deus o máximo poder do universo, autor das leis universais, poderia simplesmente perdoar os pecados do ser humano, sem necessidade de sacrificar alguém, muito menos um inocente. PERGUNTA Quanto ao pecado, acredita que Deus teria colocado na programação do ser humano, quando o planejou, inclinações, tendências, desejos ou necessidades, para depois cobrá-lo por essas ações? Se fomos criados por Deus, é claro que Ele nos planejou antes de nos criar. Assim, não faz sentido acreditar que Ele nos tivesse planejado com tendências para o mal. O bem e o mal, na verdade, fazem parte da nossa evolução. É por esses caminhos, através das nossas vivências, das dores e alegrias do cotidiano, que vamos aprendendo as grandes lições da vida, do bom convívio, da fraternidade, enfim, a ciência do bem viver. Mas a Teologia jogou sobre Jesus as nossas responsabilidades, os resgates que são nossos, cuidando de ignorar tudo que Ele ensinara sobre a lei de ação e reação, quando dizia: “Tudo que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o também vós”, ou então, quando afirmava, “A cada um será dado de acordo com as suas obras”. Os judeus, desde o início de sua história, estavam acostumados a cometer faltas e repará-las, ou melhor, “apagá-las” com o sacrifício de um animal. Esse tipo de prática foi-lhes ensinado por Moisés porque era adequado ao momento evolutivo daquele povo rude e um tanto primário. Mas observe-se que nos dez mandamentos recebidos no Monte Sinai não há determinações dessa natureza, porque eles refletem os princípios universais da justiça e da ética. Neles não se fala em qualquer tipo de sacrifícios. Fala-se em conduta, em atitudes. São diretrizes. São roteiros de vida para o ser humano, visando a justiça social, a paz e o respeito pelo que é divino. O resgate dos pecados e a busca da complacência dos deuses, através dos sacrifícios, era uma prática bem anterior ao próprio Moisés, mas foi ele quem codificou, para o povo israelita, esses usos, visando “aplacar a ira de Deus” e conseguir que Ele os abençoasse com saúde e bens materiais. PERGUNTAS 1 – Acredita que Deus possa ficar irado com as faltas dos seus filhos imaturos? 2 – Acredita que Deus, caso ficasse irado, iria aplacar sua ira se lhe fosse oferecido o sacrifício de alguns animais? 3 – Será que Deus, a inimaginável Mente Cósmica, poderia sentir-se prazeroso com o cheiro do sangue dos sacrifícios, como é informado na Bíblia? Essa concepção de que Deus estaria sujeito a irar-se ou a sentir prazer com sacrifícios e adorações reflete apenas a fixação do pensamento cristão em crenças primitivas sobre a divindade. PERGUNTA Por que Jesus foi considerado o “cordeiro de Deus”? Os seguidores de Jesus, todos judeus, viram Nele o “Cordeiro de Deus” que

Evolução Espiritual

AGENDA MÍNIMA para evoluir

Visando colaborar com deseja evoluir espiritualmente, nesta agenda procurou-se resumir todo o processo evolutivo em apenas sete pontos, sendo quatro essenciais e três complementares. Os pontos essenciais são “estados de espírito”, fundamento de todos os nossos movimentos de vida, pois cuidando desse “clima interior”, estaremos facilitando sobremaneira nossa vivência em atitudes mais condizentes com o conhecimento espiritual que já alcançamos e com o nosso momento evolutivo. O primeiro e mais importante dos “pontos essenciais” é o AMOR, aquele universal, que se assemelha à fonte que oferece suas águas sem escolher a quem. O Amor nos predispõe à mansidão, ao perdão, e a ver o outro com um olhar mais fraterno, mais solidário. A presença de uma pessoa que ama tem o poder de transformar o ambiente onde se encontra, seja no lar, no local de trabalho etc. Mas, para isso esse Amor precisa ser real, verdadeiro, não simulado ou daquele tipo  cultivado apenas em certos momentos e situações. Desenvolver Amor nos estados de espírito é gerar transformação nas profundezas do ser. O segundo ponto é a ALTERIDADE. Pode-se dizer que ela reflete uma leitura mais clara de uma realidade maior, informando-nos de que não somos os “donos da verdade”, e que sempre temos algo a aprender, mesmo com aqueles que poderíamos considerar inferiores a nós. Resumidamente, pode-se dizer que ela representa o respeito que devemos ter para com todos, além da disposição para aceitar e aprender com os que são e pensam diferente de nós. É também a construção da fraternidade apesar das divergências, respeitando-as e procurando aprender com as diferentes opiniões. Mas não significa deixar de discutir, debater, questionar. A discussão, o debate e o questionamento são saudáveis quando se respeita o outro, a sua maneira de ser e de pensar. É, sem dúvida, o veículo capaz de conduzir a humanidade para a tão esperada nova era. Um estado de espírito alteritário nos ajuda a desenvolver humildade e tolerância. O terceiro dos pontos essenciais é a HUMILDADE, ou seja,uma percepção clara da nossa real condição. Nem para mais, nem para menos. Se for para mais, nos levará ao orgulho, porque pensar que somos superiores aos outros, ou mais evoluídos, acarreta envaidecimento. Pela nossa pouca evolução, estamos ainda muito propensos a cair nessas ilusões. Se forçarmos nossa percepção para menos, isto nos levará a uma situação irreal e à diminuição da nossa autoestima, o que também é prejudicial para nossa vida e evolução. Obs. A humildade é uma característica intrínseca dos seres realmente superiores. E lembremos o que disse o Mestre, Jesus: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e tereis paz para vossas almas”. O quarto dos pontos essenciais é o CONTENTAMENTO. É importante, é fundamental desenvolver os valores que nos tornam pessoas melhores, presenças benéficas. Mas, quanto a nós? O que fica faltando para alcançarmos a plenitude? Onde ela se encontra? Está, certamente, no coroamento dos valores da alma, no contentamento, que é nossa vibração de vida. Pense numa pessoa que já tenha adquirido os valores mais nobres do espírito, mas triste, desalentada, arrastando sua cruz vida afora. É como um pássaro de uma só asa. Como levantar voo para novas conquistas espirituais, se falta essa seiva de vida, o contentamento? Desenvolve-lo continuamente nos estados de espírito também representa poderoso recurso para vencer a depressão. Temos, assim, quatro pontos essenciais, que são “estados de espírito” a serem desenvolvidos continuamente, memorizando-os, trazendo-os sempre à mente e procurando senti-los vibrando na intimidade da alma. Chegamos agora aos “pontos complementares”, que estão na mente e na vontade. O primeiro é o EQUILÍBRIO, um dos mais importantes valores do ser, que possibilita maior número de acertos e evita muitas quedas. É irmão gêmeo da sabedoria e deve estar sempre presente em todas as nossas movimentações de vida. Usando de equilíbrio saberemos como agir com Amor, norteando os envolvimentos de forma a não os transformar em algemas, ou em dependência de qualquer natureza. Na “alteridade”, o equilíbrio é fundamental para orientar nossas reflexões, debates ou discussões com serenidade, isenção de ânimo e maturidade, possibilitando gerar as mais acertadas conclusões. Na “humildade” é o suporte necessário para não cairmos nos extremos, sempre prejudiciais. No “contentamento” é o equilíbrio que evita exageros e exibições. Em todos os atos e passos do nosso existir o equilíbrio é valor essencial, porque nos proporciona um alicerce necessário ao correto entendimento de tudo. Representa a maturidade despontando em quem o possui. O segundo dos pontos complementares é o COMPROMISSO. É nos sentirmos comprometidos com as atividades assumidas; comprometidos com nossa própria evolução, priorizando-a em todos os momentos e em quaisquer situações. Mas para que nossos propósitos evolutivos não fiquem só na teoria, é preciso que se transformem em ATITUDES, o último dos pontos complementares. Assim, com estes sete pontos na mente, bem memorizados, é só começar a trazê-los para o cotidiano, procurando desenvolver continuamente estados de espírito afetivos, alteritários, de humildade e de contentamento; ter como diretriz o equilíbrio; comprometer-se com a própria evolução e com as responsabilidades assumidas, e materializar esses propósitos em atitudes.

Apocalipse, Ciência, Evolução Espiritual, Transição Planetária

O mundo vai acabar?

A Terra está passando por um período de transição para um modelo melhor, mas essa ‘passagem’ não está sendo fácil e a ausência de esperança vem levando muitos a desistirem da vida. Por isso, é importante conhecer realidades que nos deixem a convicção de que o mundo não vai se acabar e que, apesar de quaisquer situações ruins, “há luz no final do túnel”. Quanto mais vamos avançando no tempo, mais tênue vai se nos apresentando a esperança de que o mundo se torne melhor, já que tudo só parece piorar. Por uma análise mais profunda, no entanto, embasada na Ciência Plena, em conhecimentos atuais e na Razão, podemos constatar que há um Toque de Esperança a nos mostrar uma luz no final do túnel. MAS… Para podermos avistar essa luz precisamos, antes de tudo, passar a ver Deus, o universo e a Vida, por um novo olhar e não mais por aquele do ser humano primitivo que ainda perdura nos meios cristãos: o do velhinho sentado em um trono, em algum lugar no Espaço, cercado de anjos, arcanjos e dos salvos, criador de tudo e a tudo comandando, atendendo os pedidos de milhões e milhões de pessoas na Terra e mandando uns para o Céu e outros para o Inferno, depois de morrerem. Por uma percepção mais compatível com a evolução atual da humanidade, já podemos pensá-Lo como uma espécie de “Mente Cósmica”, inimaginável em sua grandeza e inalcançável por qualquer instrumento ou mesmo pelos mais avançados cálculos matemáticos, criador e mantenedor do TODO e da Vida. Podemos também pressupor que essa “Mente” se componha de dois Princípios, o masculino e o feminino, ambos se completando e simbolizados nas figuras de Pai e Mãe, mas como unidade, Pai-Mãe. Exemplo: sabe-se que nosso cérebro é formado por dois lados ou hemisférios. O esquerdo comanda o lado direito do corpo e o direito comanda o lado esquerdo. E mesmo com essa troca de lados entre a cabeça e o corpo, continua formada a unidade. Sabe-se, também, que o pensamento racional é atribuído ao hemisfério esquerdo do cérebro, ao passo que o direito é responsável pelo sentimento, e o trabalho mental nessa dualidade ocorre de forma conjugada, não isolada. São duas faces ou aspectos distintos, trabalhando juntos numa atividade coordenada e realizada por ambos. Diríamos que é a unidade formada pela dualidade. Assim, por essa visão transcendental, a Mente Cósmica, ou Deus, seria: Pai-Inteligência e Poder inimagináveis, formulador das Leis, organizador e Criador do Todo, e seu outro Princípio ou aspecto, a Mãe, com sua Sensibilidade, Sabedoria, Amor etc., também em inimagináveis expressões. E teríamos ainda o Filho, o Cosmo, conduzindo como herança os “genes espirituais” dos “Pais” e sendo a manifestação de tudo que há, com tudo que o Cosmo contém e em todos os seus aspectos, inclusive nós mesmos. Assim, por esse novo olhar sobre Deus, tudo passa a ficar diferente. É aquela sensação de pertencimento, uma conscientização que nos retira da posição de pedintes, tornando-nos partícipes e agentes, colocando-nos em nossa verdadeira posição de agentes da Vida e donos de nós mesmos, de nossas escolhas; construtores do nosso presente e futuro, e com todas as possibilidades de viver, aprender, crescer e ser feliz, no rumo da plenitude. É uma nova Luz a iluminar nosso interior, deixando-nos conscientes de que somos parte do Todo, irmãos de todos, de tudo o que vive e do que apenas é.

Evolução Espiritual

Esperança

Falar em esperança é falar em vida, na beleza, no bom, no que faz bem. Ela é a âncora da alma no mar tempestuoso da existência. Por que não a cultivar, se é ela o próprio alicerce da vida? Já pensou como seria se não houvesse esperança de paz na Terra, de dias melhores, de que a tempestade passe e o amigo dobre a esquina e venha ao nosso encontro? Esperança de que os ódios se transformem em fraternidade, que o doente se restabeleça e que o sol continue a nascer todas as manhãs? Ah, esperança, tua cor é verde como a vegetação que cobre nosso planeta. O verde é repousante, acalma, harmoniza. Dizem que ela é a última que morre. Eu diria que ela não morre, nunca morrerá, nem mesmo com a própria morte, que não é o fim, apenas transição para outra existência. Se você é cego, não perca a esperança. Mesmo que nesta vida não haja chances para voltar a ver, na outra vida, depois da morte, você vai enxergar. Se você é deficiente físico, não consegue andar, acredite na Vida. Ela é bela mesmo assim, porque é a escola do Espírito, onde aprendemos a viver e ganhamos experiência e valores interiores, com vistas à eternidade. Acredite na Vida e acenda a luz da esperança no seu coração, porque na outra vida, depois da morte, você volta a andar, a correr, a locomover-se com seus próprios pés. Se sofremos aqui no planeta é porque estamos precisando das lições que o sofrimento proporciona. A dor é luz, se não, é o seu prenúncio. O ser humano é frágil e é a esperança que lhe dá motivação para não morrer na praia depois de cada naufrágio. Nós vivemos a naufragar. Quando menos esperamos, as tempestades da vida nos atiram ao fundo e as ondas das derrotas e das dificuldades nos cobrem com seu peso. Mas a Força da Vida nos arrasta para a praia e aí, é a esperança que nos dá novas energias e alento para recomeçar. E é neste infindável recomeçar que vamos aprendendo a grande lição da Vida, a mesma que Jesus ensinou, e que pode ser sintetizada assim: Se queres viver bem e ser feliz, faz com que tua vida seja uma constante contribuição para a felicidade e o bem-estar dos outros; sê sempre uma presença benéfica onde estiveres, porque “tudo que quiseres que os outros te façam, faze-o tu também”. São estas lições de fraternidade que vamos aprendendo a cada novo dia, sob as claridades da esperança e na força da Fé. E tem mais: a vibração da esperança, do otimismo, é boa para a saúde, para o bem-estar físico e mental. Também é boa para a prosperidade material, porque gera em torno de nós um campo magnético positivo, que atrai pessoas e situações também positivas. Busquemos, pois, cultivar a esperança, como força da própria Vida, que nos vem pelas mãos do Criador. Saara Nousiainen

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