Há três motivos principais:
01 – Jesus, ao atualizar o Antigo Testamento da Bíblia, resumiu toda a Lei e os Profetas em um único mandamento: o Amor:
“Mestre, qual é o grande mandamento na lei?”
Respondeu Jesus:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22:36-40)
Séculos mais tarde, o Império Romano, ao instituir a Igreja Católica Apostólica Romana por meio dos Concílios, excluiu a figura da Mãe, o Amor materno, atributo feminino da Divindade, tornando-a triplamente masculina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E, devido a esse “desequilíbrio” no projeto evolutivo, causado pela ausência desse Amor, não conseguiu conduzir o mundo cristão de forma a torná-lo melhor.
02 – O segundo motivo foi a adoção de dogmas, sacramentos e outras práticas herdadas do paganismo, apresentadas como condições para se alcançar o Céu após a morte – embora nada disso tenha sido ensinado por Jesus. E o pior: elas não induzem o fiel a se tornar melhor.
03 – O terceiro e mais impactante motivo foi a mudança da doutrina da Reencarnação para o dogma da Ressurreição, promovida pela Igreja.
A uma pergunta feita ao Copilot – IA do Windows –, a resposta foi a seguinte:
“O Concílio de Constantinopla, realizado em 553 d.C., suprimiu a doutrina da reencarnação em favor do dogma da ressurreição. Essa mudança foi influenciada por razões políticas e pessoais. A imperatriz Teodora, esposa do imperador Justiniano, temia reencarnar como uma escrava negra e impôs sua influência para que a doutrina fosse revisada. Assim, o Concílio adotou a versão oficial da Igreja, baseada em conceitos helenistas de ‘Céu’ e ‘Inferno’, excluindo a reencarnação.
A decisão contrariou os ensinamentos do teólogo Orígenes, que reconhecia a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas.”
Portanto, a doutrina da reencarnação foi suprimida e substituída pelo dogma da ressurreição, pela Igreja Católica nesse Concílio.
Relembrando:
Pelo primeiro motivo – uma religião que não prioriza o Amor como prática essencial na vivência dos fiéis não os conduz a cumprir o maior mandamento deixado por Jesus.
Pelo segundo motivo, os dogmas, sacramentos e demais práticas herdadas do paganismo, apresentados como requisitos para o ingresso no Céu após a morte, acabam por isentar os fiéis de qualquer esforço real para se tornarem pessoas melhores.
O terceiro motivo refere-se à Reencarnação. Quando se acredita que iremos para o Paraíso após a morte apenas pelo arrependimento, o perdão dos pecados, pela recepção dos sacramentos no momento final etc., deixa de haver a necessidade de nos ocuparmos com algo fundamental – a própria essência dos ensinamentos de Jesus – a vivência do Amor.
Quando, no entanto, conhecemos a Reencarnação e a Lei de Causa e Efeito, e compreendemos que responderemos por nossos atos, ainda que em futuras existências, isso muda tudo. Esse, sim, é um conhecimento que nos impulsiona a nos esforçarmos para sermos pessoas melhores.
Além disso, tal entendimento nos pacifica em relação a Deus, pois passamos a compreender que nossos sofrimentos e lutas atuais não representam punições divinas, mas são consequências de nossa própria vivência em desacordo com as Leis Cósmicas – ou, ainda, expressam a necessidade de nossa evolução espiritual.
Entretanto, é preciso observar que, à época da criação da Igreja Católica, sob o domínio de Roma, não havia condições para a continuidade de uma fé imaterial, como a vivida pelos primeiros seguidores de Jesus. Uma religião fundamentada na vivência do Amor era algo difícil de conceber naquele contexto histórico. Ainda assim, apesar de todas as distorções, foi ela – e, mais tarde, o Protestantismo – que trouxe o Evangelho de Jesus até os nossos dias, sustentando uma fé que, mesmo sendo “cega”, ampara a criatura nas horas difíceis e revigora sua alma nas alegrias a que ela conduz.
E… AGORA? É possível trazer Jesus de volta ao Cristianismo?
Em Mateus 22:37-40, ao apresentar o Amor como único mandamento, o Mestre o fez em duas partes, remetendo à ideia de que a Divindade se constitui de dois Aspectos ou Princípios: o Masculino e o Feminino.
Vejamos:
Primeira parte: Ama a Deus sobre todas as coisas – o Pai.
Segunda parte: Ama o próximo como a ti mesmo – a Mãe, o Amor de Mãe.
Essa ideia de “Deus – Pai e Mãe” é absolutamente coerente com o bom senso e a razão.
Assim, quando a vivência desse tipo de Amor for o principal objetivo das religiões – ou simplesmente dos seres humanos –, a Terra se tornará um mundo justo e bom para todos. Mas, para que isso aconteça, essa carga de pessoas más, conforme explicações de Espíritos de Escol, será expurgada do planeta (após a morte delas), junto com os espíritos perversos e inimigos da Luz, que vêm exercendo tão forte domínio sobre a humanidade. Eles serão exilados em algum mundo primitivo, onde renascerão como filhos daquelas criaturas semelhantes aos “homens das cavernas”, como oportunidade de um recomeço que lhes permita, no decorrer dos milênios, irem se reconstruindo e, novamente, poderem escolher melhor os seus caminhos.
Todo esse processo reflete a perfeição da justiça divina, alicerçada no Amor e na Sabedoria.
Essa ocorrência profética foi também explicada por Jesus em três de suas parábolas, ao se referir à seleção que separaria os bons dos maus no Juízo Final.
Nessas parábolas, a sentença para o destino dos maus foi: “Lançai-os nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.”
A expressão “trevas exteriores” define com precisão o exílio em algum planeta distante – e é oportuno lembrar que, ao se deixar a Terra em direção ao espaço, encontra-se apenas escuridão, trevas.
São as Leis Divinas conduzindo, com justiça e amor, a evolução dos seres – educando-os, e não os condenando eternamente ao Inferno, como muitos ainda pensam.
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Precisamos de um NOVO CRISTIANISMO para impulsionar os cristãos a se tornarem mais pacíficos, mais justos, mais fraternos e igualitários, ou seja, a vivenciarem o AMOR, único mandamento deixado por jesus.